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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sonetos Românticos

Autor: Natália Correia
Páginas: 50
Depósito Legal: 321 327/10
Editora: Publicações Dom Quixote

Autor
Natália Correia nasceu em São Miguel, a 13 de Setembro de 1923, e faleceu em Lisboa, a 16 de Março de 1993. Foi uma intelectual, poetisa e activista social açoriana, autora de extensa e variada obra publicada, com predominância para a poesia. Deputada à Assembleia da República (1980-1991), interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres. Autora da letra do Hino dos Açores. A obra de Natália Correia estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio. Colaborou com frequência em diversas publicações portuguesas e estrangeiras. Ficou conhecida pela sua personalidade livre de convenções sociais, vigorosa e polémica, que se reflecte na sua escrita. A sua obra está traduzida em várias línguas.
Sinopse
“Não ofendas a Santa Sabedoria
julgando de ânimo leve o Romantismo.
Humildemente nele escuta as vozes
que te dizem:
O itinerário é interior.
Assim dispõem as Leis do Amor
encontradas no ramo de ouro
da acácia onde pousou a Pomba.”
Opinião
Nesta obra encontram-se compilados sonetos (“Visando a Unidade, o soneto é o ouro da culminação da Obra Poética.”) de cariz romântico, uma das características da autora. Podemos encontrar poemas como: “Rogando à musa que torne claro o coração obscuro”, “Do amor que acorda o espírito que dorme” e “Na câmara de reflexão”. Como já referi neste blog, a poesia não é o estilo literário que mais aprecie, sendo assim não obtive grande proveito na leitura desta obra, mas a mesma insere-se num perspectiva de diversificação de autores, obras e estilos.
2/5

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Os Anões

Autor: Harold Pinter
Titulo Original: The Dwarfs
Tradução: José Lima
Páginas: 254
Depósito Legal: 326734/11
Editora: Publicações Dom Quixote

Autor
Nascido em 1930, Harold Pinter começou por ser actor (com o nome de David Baron) e em 1957 escreveu a sua primeira peça de teatro, The Room. Autor fundamental do teatro contemporâneo, encenou e representou em algumas das suas mais de trinta peças, que foram traduzidas e representadas em todo o mundo. Entre as mais conhecidas, contam-se: Regresso a Casa, O Encarregado, Feliz Aniversário e Terra de Ninguém. Escreveu também argumentos de filmes como O Criado, O Acidente e O Mensageiro, de Joseph Losey, A Amante do Tenente Francês, de Karel Reisz, entre outros, incluindo a adaptação da sua peça Traições. Distinguido com inúmeros prémios internacionais, foi vencedor do Prémio Shakespeare (Hamburgo, 1970); Prémio Europeu de Literatura (Viena, 1973); Prémio Pirandello (Palermo, 1980) e o Prémio Nobel da Literatura em 2005.
Sinopse
Os Anões é o único romance que Harold Pinter escreveu durante a sua longa e notável carreira, coroada em 2005 com atribuição do Prémio Nobel. Originalmente concluído em começos da década de 1950, depois revisto em 1989, o livro descreve as vidas e preocupações de quatro jovens londrinos na Inglaterra do pós-guerra. Através da evolução da sua amizade tumultuosa e destrutiva, Pinter explora o modo com as vidas comuns são moldadas pelas limitações e fronteiras da sexualidade, da intimidade e da moralidade, ao mesmo tempo põe a nu profundas verdades existentes em acontecimentos aparentemente correntes.
Opinião
Não foi certamente esta obra que mais pesou na decisão do júri para a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a Harold Pinter em 2005. Os Anões tenta descrever a vida de quatro jovens em Londres após a Segunda Guerra Mundial, explorando a sua amizade e as suas ligações. Harold Pinter procura realizar o seu intento, através de longos diálogos entre as personagens, tornando o livro à primeira vista menos maçudo e de mais fácil leitura. O problema do autor é que os diálogos são extremamente confusos e desconexos, não permitindo que a narrativa seja, por várias vezes perceptível. Uma obra que não apresenta conteúdo palpável, apenas diálogos, na sua maioria, sem sentido e direcção. Leitura que não deixa qualquer saudade.
1/5

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Psicanalista

Autor: John Katzenbach
Titulo Original: The Analyst
Tradução: José Pinto de Sá
Páginas: 488
ISBN: 978-989-626-056-9
Editora: A Esfera dos Livros

Autor
John Katzenbach vive em Massachusetts, Estados Unidos da América. Foi repórter judicial dos jornais The Miami Herald e do Miami News. Antes de publicar O Psicanalista, já tinha editado sete romances, todos eles com enorme sucesso. O seu mais recente livro intitula-se The Madman’s Tale.
Sinopse
“Um 53º aniversário muito feliz, senhor doutor. Seja bem-vindo ao primeiro dia da sua morte.” O psicanalista nova-iorquino Frederick Starks acaba de receber uma misteriosa e ameaçadora carta. Sem perceber como, nem porquê, a sua vida rotineira é lançada ao caos. Encontra-se no centro de um jogo diabólico, concebido por um homem que se intitula Rumplestiltskin. Este jogo tem as suas regras: no prazo de duas semanas Starks tem que descobrir a verdadeira identidade do autor da carta e a razão da sua fúria. Se conseguir, fica livre. Se não, Rumplestiltskin destruirá, um a um, os seus parentes mais queridos, a menos que o psicanalista aceite suicidar-se. “Uma coisa pode ter a certeza. A minha fúria não conhece limites.” Ignorar a ameaça não é uma opção. Starks entra numa autêntica corrida contra o tempo, onde se vê à mercê do perverso jogo de vingança de um psicopata que controla as suas contas bancárias, os seus pacientes, a sua casa e a sua reputação. Nada nem ninguém está a salvo.
Opinião
O Psicanalista foi um daqueles (raros) livros que me entusiasmou pela sua sinopse, a mesma prometia um policial cheio de acção, mistério e emoção. Nem sempre as promessas são cumpridas, e John Katzenbach que tinha uma excelente base para escrever um magnifico thriller, deixou-se levar mais pelo lado existencial da trama, esquecendo o ritmo necessário para cativar o leitor. A procura do doutor Frederick Starks pela identidade da ameaça personificada pelo homem intitulado Rumplestiltskin, é essencialmente uma busca interior, com um ritmo lento e por vezes enfadonho. Uma obra que tinha tudo para ser um excelente policial, transforma-se numa narrativa extensa de registo freudiano, contando-se pelos dedos as passagens de acção. Grande desilusão.
2/5