Recordes do Futebol Mundial 2010

Autor: Keir Radnedge

Título Original: World Football Records 2010

Páginas: 251

ISBN: 978-989-8260-33-8

Tradução: Fabrico Próprio – Produção de Conteúdos

Editora: Booksmile

Autor

Há mais de 40 anos que Keir Radnedge escreve sobre futebol. É autor de inúmeros livros sobre o assunto, desde guias de provas a enciclopédias detalhadas, destinados a todas as idades. A sua carreira no jornalismo inclui uma passagem de 20 anos por diversos jornais e revistas, britânicos e internacionais, entre os quais The Daily Mail e The Guardian. Dirigiu a World Soccer, reconhecida como a principal revista em língua inglesa sobre futebol mundial. Além de escrever, Keir tem sido um comentador regular para a rádio e televisão: BBC, Sky Sports e o canal de notícias americano CNN; e é director em Londres do SportsFeatures.com, um sítio de notícias de futebol e olimpismo.

Sinopse

Pontapé-de-saída para a explosiva edição de estreia de Recordes do Futebol Mundial 2010! Os mais incríveis recordes, factos e estatísticas das competições FIFA reunidos num só volume. Quem bateu o recorde espanhol de golos internacionais num só ano, em 2008? Que jogador marcou mais golos por Portugal? Qual o jogador mais velho de sempre a marcar um golo num mundial FIFA? Quem é o internacional inglês mais alto de todos os tempos? Centenas e centenas recordes espantosos que o vão surpreender!

Opinião

Este livro é uma autêntica enciclopédia de recordes e curiosidades únicos das competições futebolísticas organizadas ou supervisionadas pela FIFA. Desde a maior competição organizada por este órgão supervisor do futebol mundial, o campeonato do mundo de futebol, passando pelos campeonatos continentais, competições para jovens, competições de clubes, futebol feminino, futsal, futebol de praia e até o campeonato interactivo, esta obra abrange uma enorme parcela de factos e estatísticas futebolísticas. Escrito por um jornalista com uma vasta experiência nesta área, Recordes do Futebol Mundial 2010 é um livro que qualquer leitor terá o prazer de descobrir, mas que para os apaixonados pelo desporto rei será uma autêntica bíblia. Eu que gosto deste desporto, sem no entanto ser fanático, gostei de relembrar alguns factos interessantes e descobrir outros completamente espantosos.

3/5

A Virgem e o Cigano

Autor: D. H. Lawrence

Titulo Original: The Virgin and The Gipsy

Páginas: 94

ISBN: 978-989-554-762-3

Tradução: Diogo Carneiro

Editora: Quidnovi

Autor

D. H. Lawrence nasceu em Nottingham, a 11 de Setembro de 1885. Escritor inglês bastante controverso pelos temas que abordava nos seus livros no início do século XX: a sexualidade e as relações humanas destrutivas. Também escreveu novelas, contos, poemas, peças de teatro, livros de viagens, traduções, livros sobre arte, crítica literária e cartas pessoais. Morreu em Vence, a 2 de Março de 1930.

Sinopse

Drama de uma adolescente que se revolta contra a educação rígida e cheia de preconceitos. Yvette procura fugir da sua vida repressiva e sufocante. Procura novos amigos até que conhece o cigano, selvagem, livre e sensual. Será ele que vai conseguir libertar a jovem?

Opinião

A emancipação da mulher e a sua libertação contra os rígidos códigos familiares e sociais é o tema principal deste livro de D. H. Lawrence (tema recorrente na obra do autor). Lucille e Yvette são duas adolescentes que vivem numa pequena aldeia inglesa com o pai, Arthur Saywell (pároco da vila), a avó, Mater, a tia Cissie e o tio Fred. Após terminarem os estudos, passam a viver permanentemente na aldeia, neste núcleo familiar ultraconservador e opressor. Yvette, a mais jovem das irmãs, sente-se enclausurada naquela casa e naquela família e quando conhece um cigano acampado perto da vila entreve uma vida de aventura e desejo longe dali. O autor consegue transportar o leitor para uma dicotomia entre o código rígido de conduta (representado pela família) e a liberdade/sensualidade (apresentadas na figura do cigano). Yvette, cuja mãe abandonou o pai para fugir com outro homem, deseja a libertação e a aventura, e ao mesmo tempo sente uma retracção provocada pelas regras sociais instituídas. Um livro sobre liberdade, desejo e comportamentos. Uma leitura agradável.    

3/5

Corpo Recusado

Autor: Luísa Dacosta

Páginas: 115

Depósito Legal: 321 316/10

Editora: ASA

Autor

Luísa Dacosta nasceu em Vila Real, em 1927. Acabado o liceu, matriculou-se na Faculdade de Letras de Lisboa, onde terminou o curso de histórico-filosóficas, mas não a licenciatura. Professora do ensino oficial, começou a sua vida literária em 1955 com a publicação de um livro de contos intitulado Província. No domínio da ficção, editou depois: Vovó Ana, Bisavó Filomena e Eu (1969) e Corpo Recusado (1985). No campo da crónica, publicou A-Ver-O-Mar (1980) e Morrer a Ocidente (1990). Na Água do Tempo (1992) e Um Olhar Naufragado (2008) constituem respectivamente os dois primeiros volumes de um diário, e no campo ensaístico e crítico escreveu Aspectos do Burguesismo Literário (1959) e Notas Literárias (1960). A partir de 1970 iniciou a escrita de livros para crianças: O Príncipe que Guardava Ovelhas (1970), O Elefante Cor-de-Rosa (1974), A Menina Coração de Pássaro (1978), Sonhos na Palma da Mão (1990), Lá Vai Uma, Lá Vão Duas… (1993), entre outros títulos. Na sua actividade de tradutora, traduziu obras de Nathalie Sarraute e Simone de Beauvoir. Colaborou ainda em numerosos periódicos, de que podem destacar-se: Colóquio/Letras, O Comércio do Porto, Jornal de Notícias, Raiz e Utopia e Seara Nova. Entre as temáticas que mais a têm interessado situam-se os relatos de um quotidiano vulgar e a situação da mulher. Os seus livros situam-se num registo em que um sabor autobiográfico se mistura à crónica e ao conto.

Sinopse

Conjunto de contos intimistas, tendo como base a vida quotidiana, as relações pessoais e essencialmente a condição feminista. Constituído pelos seguintes contos: “Antecipação do Outono”, “Exercícios de Imaginação”, “Reflexos na Água”, “Corpo Recusado”, “Angústia”, “Infidelidades”, “Pulseiras e Agências de Viagem”, “Na Biblioteca, Com Rosto Desconhecido”, “Suicídio no Cabeleireiro”, “Mulher no Jardim do Amor”, “Noticia no Jornal de Amanhã”, “- Até Segunda! Bom Fim-De-Semana”, “Oceanos Interiores” e “O Bom Nome das Famílias”.

Opinião

Em Corpo Recusado, Luísa Dacosta apresenta-nos um conjunto de pequenos contos (entre uma e cinco páginas, sendo apenas o conto “Oceanos Interiores” mais extenso), tendo como características principais: a infidelidade, a nostalgia, o amor, os dramas mundanos e a morte (seja a mesma através de suicídio ou homicídio). Com uma escrita muito cuidada, quase poética a autora tenta transportar o leitor para um mundo muito próprio e muitas vezes de difícil compreensão. Com alguns contos interessantes, como é o caso de “Corpo Recusado”, “Pulseiras e Agências de Viagem” e “Suicídio no Cabeleireiro”; não consegue mesmo assim cativar o leitor completamente, ficando a obra em prosa alguns níveis abaixo da de poesia.

2/5

Nova Aquisição

Sunset Park

Autor: Paul Auster

Título Original: Sunset Park

Páginas: 230

ISBN: 978-989-23-1020-6

Tradução: José Vieira de Lima

Editora: ASA

Autor

Escritor, argumentista, tradutor, ensaísta, realizador, marinheiro, inventor de um curioso jogo de cartas e muito mais, Paul Auster é considerado um nome cimeiro da literatura dos nossos dias. Nascido em 1947 em Newark, frequentou a Universidade de Columbia e residiu durante quatro anos em França, antes de se radicar em Nova Iorque, onde vive com a mulher, Siri Hustvedt. Algumas das suas principais obras: A Trilogia de Nova Iorque, O Livro das Ilusões, Leviathan, A Noite do Oráculo, As Loucuras de Brooklyn, Viagens no Scriptorium, Homem na Escuridão e Sunset Park.

Sinopse

Durante os meses sombrios do colapso económico de 2008, quatro jovens ocupam ilegalmente uma casa abandonada em Sunset Park, um bairro perigoso de Brooklyn. Bing, o cabecilha, toca bateria e dirige o Hospital das Coisas Escangalhadas, onde conserta relíquias de um passado mais próspero. Ellen, uma artista melancólica, é assaltada por visões eróticas. Alice está a fazer uma tese sobre a forma como a cultura popular encarava o sexo no pós-guerra. Miles vive consumido por uma culpa que o leva a cortar todos os laços familiares. Em comum têm a busca por coerência, beleza e contacto humano. São quatro vidas que Paul Auster entrelaça em tantas outras para criar uma complexa teia de relações humanas, num romance sobre a América contemporânea e os seus fantasmas.

Opinião

Sunset Park é um livro essencialmente sobre relações humanas, as consequências das mesmas e as escolhas realizadas nesse âmbito. Ao contrário do que parece na leitura da sinopse, o romance apresenta um único protagonista, Miles, sendo todas as outras personagens essenciais à compreensão da sua história e da narrativa do autor. Miles, um jovem “certinho”, que numa discussão com o filho da madrasta o empurra para o meio da estrada, vindo o mesmo a ser atropelado, acabando por falecer. Este facto na vida da personagem é que leva ao desenrolar dos factos: a fuga para longe dos pais, a paixão pela jovem Pilar, a entrada na casa de Sunset park e consequente encontro com Bing, Ellen e Alice e a reaproximação dos pais. Paul Auster utiliza de forma inteligente as personagens e as suas relações pessoais (através de relatos na primeira pessoa da maior parte das mesmas, por forma a que o leitor possa obter o ponto de vista pessoal dos factos) para descrever a complexidade das relações humanas e sociais, numa sociedade americana moderna. Uma obra com leitura muito agradável e altamente recomendada.

4/5

Nova Aquisição

A Maresia e o Sargaço dos Dias

Autor: Luísa Dacosta

Páginas: 73

Depósito Legal: 321 316/10

Editora: ASA

Autor

Luísa Dacosta nasceu em Vila Real, em 1927. Acabado o liceu, matriculou-se na Faculdade de Letras de Lisboa, onde terminou o curso de histórico-filosóficas, mas não a licenciatura. Professora do ensino oficial, começou a sua vida literária em 1955 com a publicação de um livro de contos intitulado Província. No domínio da ficção, editou depois: Vovó Ana, Bisavó Filomena e Eu (1969) e Corpo Recusado (1985). No campo da crónica, publicou A-Ver-O-Mar (1980) e Morrer a Ocidente (1990). Na Água do Tempo (1992) e Um Olhar Naufragado (2008) constituem respectivamente os dois primeiros volumes de um diário, e no campo ensaístico e crítico escreveu Aspectos do Burguesismo Literário (1959) e Notas Literárias (1960). A partir de 1970 iniciou a escrita de livros para crianças: O Príncipe que Guardava Ovelhas (1970), O Elefante Cor-de-Rosa (1974), A Menina Coração de Pássaro (1978), Sonhos na Palma da Mão (1990), Lá Vai Uma, Lá Vão Duas… (1993), entre outros títulos. Na sua actividade de tradutora, traduziu obras de Nathalie Sarraute e Simone de Beauvoir. Colaborou ainda em numerosos periódicos, de que podem destacar-se: Colóquio/Letras, O Comércio do Porto, Jornal de Notícias, Raiz e Utopia e Seara Nova. Entre as temáticas que mais a têm interessado situam-se os relatos de um quotidiano vulgar e a situação da mulher. Os seus livros situam-se num registo em que um sabor autobiográfico se mistura à crónica e ao conto.

Sinopse

A utilização de um certo uso da linguagem capaz de impor a autoridade das palavras sobre o mundo, e uma espantosa capacidade de pensar entre as palavras, e uma sabedoria que permite conhecer o mar não apenas como realidade concreta e quotidiana mas como pensamento. A Luísa Dacosta escreve do interior da ideia de mar sobre aqueles que habitam essa ideia como se ela tivesse a evidência de uma casa.

Opinião

Nesta obra podemos encontrar os elementos essenciais caracterizadores da autora: o mar, as vidas ligadas ao mar, as raízes e tradições das populações e as relações, por mais íntimas que sejam. Luísa Dacosta utilizando uma linguagem cuidada e intimista consegue transportar o leitor para um ambiente de extrema beleza e paz, conjugando com cenários da vida dura das mulheres que vivem o mar e do mar. Neste A Maresia e o Sargaço dos Dias, podemos encontrar poemas de rara sensualidade e pureza como são exemplo: Três Desejos Breves, Respiração, Luar, Mar e principalmente o poema Tu (poema que se pode encontrar neste blog). Um livro que se revelou uma excelente surpresa.

4/5