Páginas

sábado, 25 de junho de 2011

Nova Aquisição

Daisy Miller

Autor: Henry James
Titulo Original: Daisy Miller
Páginas: 96
ISBN: 978-989-554-765-4
Tradução: Francisco Santos
Editora: Quidnovi

Autor
Henry James nasceu a 15 de Abril de 1843, em Nova Iorque. Considerado como um dos mais importantes romancistas da língua inglesa da sua época, escreveu romances, contos e críticas literárias. Protestou contra a neutralidade dos E.U.A. no início da I Guerra Mundial e pouco depois de ter alterado a sua nacionalidade para britânica, morreu a 28 de Fevereiro de 1916, em Londres.
Sinopse
Winterbourne é um ilustre e rico jovem norte-americano que se apaixona pela bela Daisy, uma bela e impertinente rapariga, cujos comportamentos não se ajustam aos códigos rígidos e moralmente aceites pela sociedade europeia.
Opinião
Uma obra pequena em tamanho, mas que retrata de forma excepcional as diferenças entre as sociedades americana e europeia; e igualmente as diferenças entre classes sociais e os comportamentos socialmente permitidos. Daisy Miller é uma jovem americana extremamente bela, em viagem pela Europa, mas que não se rege pelos preceitos sociais instituídos na sociedade tendo atitudes “menos aceitáveis” aos olhos da mesma. Winterbourne é um jovem em visita à tia na Suíça (tendo outros motivos para a mesma estadia – um suposto relacionamento com uma mulher casada), que fica deslumbrado com a beleza da menina Miller e se apaixona perdidamente por esta. Mas as suas tentativas para mudar o comportamento socialmente inadequado de Daisy saem todas goradas e a teimosia da mesma levará a um fim trágico, tendo como consequência a não concretização do amor. Neste livro Henry James relata magnificamente os preconceitos sociais e a sua importância na concretização dos objectivos pessoais, e neste caso concreto como entrave ao amor das duas personagens principais.
4/5

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Nova Aquisição

Negócio de Cemitério

Autor: Alfred Hitchcock
Título Original: Grave Business
Páginas: 226
ISBN: 972-42-1101-0
Tradução: Paula Reis
Editora: Círculo de Leitores

Autor
Alfred Hitchcock (Londres, 13 de Agosto de 1899 — Los Angeles, 29 de Abril de 1980), foi um cineasta anglo-americano, considerado o mestre dos filmes de suspense, sendo um dos mais conhecidos e populares realizadores de todos os tempos. Nasceu em Leytonstone, Londres, filho de Emma e William Hitchcock. Recebeu uma rígida educação católica na escola londrina St. Ignatius College. Aos 14 anos Hitchcock perdeu o pai, deixou a escola e começou a trabalhar na companhia Henley, como fabricante de cabos eléctricos, onde desenvolveu trabalhos como design gráfico de publicidade. Estreia- se como realizador de suspense, género que o consagraria em todo o mundo, com o filme O inquilino. Este filme seria o seu primeiro sucesso, baseado nos assassinatos de Jack, o Estripador. A partir daí, Hitchcock faria pelo menos uma aparição em cada uma de suas produções, o que se tornaria uma das suas marcas. No mesmo ano, casou-se com Alma Reville. A primeira filha do casal, Patricia, nasceu em 1928. Mudou-se para os Estados Unidos em 1939 e tornou-se cidadão norte-americano em 1955. Em 1980, Alfred Hitchcock recebeu a KBE da Ordem do Império Britânico, das mãos da Rainha Elizabeth II. Morreu quatro meses depois, de insuficiência renal, na sua casa em Los Angeles. Principais filmes: O Homem que Sabia Demais, Os 39 Degraus, Vertigo, Psico e Os Pássaros.
Sinopse
“ Não se preocupe. Deite-se no sofá e conte-me o seu problema.” “Obrigado, Mister Hitchcock. Tenho uns sonhos horríveis em que alguém me está a matar.” “E qual é o aspecto desse alguém?” “Detesto dizer isto. Quer dizer, parece uma parvoíce. Mister Hitchcock, é igualzinho a si…” “ E como é que ele comete o assassínio? Talvez assim…?” Alfred Hitchcock lamenta informar que o resto desta fita foi acidentalmente apagada. Mas promete-lhe que nada foi retirado do terror que irá encontrar nas excelentes catorze histórias de catorze excelentes autores por ele escolhidos.
Opinião
Mais uma excelente selecção de contos, do mestre do suspense, Alfred Hitchcock, constituída por catorze histórias, que apresentam como factor comum, as causas e as vantagens proporcionadas pela prática de um homicídio, sejam elas económicas, sociais ou pessoais. Destacam-se os seguintes contos: Os Ricos Ficam Mais Ricos, Entre as Quatro e a Meia-Noite, Júri Singular e Voltas Para a Direita. Um livro capaz de entusiasmar os amantes deste género literário e que não desilude os restantes leitores.
3/5

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Nova Aquisição

Reflexões

Tu
Com a noite dos teus olhos
Escusava lua e estrelas.
Com a fonte da tua boca
Não mais teria sede.
Com a raiz do teu ombro
Para quê tecto ou abrigo?
Só a luz me faria falta
Para poder olhar-te.
Luísa Dacosta, “A Maresia e o Sargaço dos Dias”

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nova Aquisição

O Bilhete de Lotaria n.º 9.672

Autor: Júlio Verne
Titulo Original: Un Billet de Loterie
Páginas: 301
ISBN: 84-473-3309-4
Tradução: Cristóvão Aires
Editora: RBA

Autor
Júlio Verne, escritor francês nasceu a 8 de Fevereiro de 1828 em Nantes e faleceu a 24 de Março de 1905 em Amiens, França. Considerado o pai da ficção científica moderna, Júlio Verne demonstrou interesse pela Literatura ainda muito jovem. Estudou Direito para agradar ao pai, mas jamais exerceu a profissão. Em 1863, publicou a primeira história da série Viagens Extraordinárias: Cinco Semanas em Balão. O imenso sucesso encorajou-o a produzir outras histórias na mesma linha – romances de aventura, com descrições detalhadas de paisagens que, apesar de fantásticas, eram cuidadosa e cientificamente concebidas. As Viagens continuaram com Viagem ao Centro da Terra (1864), Viagem à volta da Lua (1865), Vinte Mil Léguas Submarinas (1870) e A Ilha Misteriosa (1874), nos quais previa um grande número de descobertas científicas, incluindo o submarino, a televisão e as viagens espaciais. As obras de Júlio Verne tornaram-se populares em várias partes do mundo. Volta ao Mundo em 80 Dias, por exemplo, causou furor ao ser lançada em episódios no periódico Les Temps, em 1873. Em 1872, o escritor mudou-se para a cidade de Amiens e, em 1892, foi condecorado com a Legião de Honra.
Sinopse
A acção decorre na Noruega, em 1862, quando ainda não existia caminhos-de-ferro e as belezas naturais predominavam. É neste cenário paradisíaco que o leitor conhece as atribulações da família de um jovem pescador que, na iminência de naufrágio do seu barco, escreve à noiva a última carta de amor nas costas do bilhete de lotaria n.º 9672. Lançado à água dentro de uma garrafa, e após várias peripécias, este bilhete - ao qual a crendice popular atribuíra a certeza de receber o prémio - acaba por cair nas mãos de um ganancioso usurário que seria, portanto, o eventual ganhador. Mas o mar desempenhará, desta vez, o papel benfazejo de mensageiro da justiça e da felicidade.
Opinião
Uma grande parte da obra de Júlio Verne versa sobre duas temáticas fundamentais: a aventura e descoberta de novos “mundos”; e os dramas familiares. O Bilhete de Lotaria n.º 9.672 insere-se na segunda, ou seja o tema principal são as vicissitudes da vida da família Hansen, uma típica família norueguesa do século XIX. Hulda e Joël vivem com a sua mãe, a Sr.ª Hansen, na estalagem da família, e esperam o regresso de Ole Kamp, noivo de Hulda, do mar para a realização da boda. Mas o destino tem outros desígnios, e o barco em que Ole seguia afunda-se, tendo este tido apenas tempo para escrever à noiva uma nota de despedida nas costas de um bilhete de lotaria. O desfecho desta história dependerá de muitos factores e trará muitas surpresas. Uma leitura agradável, com todos os traços do autor presentes. Esta edição inclui ainda as histórias: Um Drama nos Ares, uma aventura fatal a bordo de um balão, que Júlio Verne aproveita para relatar a génese das viagens nos ares; e Dez Horas de Caçada, as peripécias de um dia de caça, contada por alguém que é totalmente inexperiente neste ambiente.
3/5

sábado, 18 de junho de 2011

Nova Aquisição

Coração Sem Abrigo

Autor: José Jorge Letria
Páginas: 151
Depósito Legal: B-1927-2011
Editora: Oficina do Livro

Autor
José Jorge Letria nasceu em Cascais em 1951. Estudou Direito e História e é pós-graduado em Jornalismo Internacional. Com dezenas de livros publicados em diversas áreas, foi distinguido com importantes prémios literários nacionais e internacionais. É um dos mais destacados nomes da literatura infanto-juvenil em Portugal e autor de programas de rádio e televisão. Está traduzido em várias línguas. Integrou, com José Afonso, Adriano e Manuel Freire, entre outros, o movimento da canção de resistência, tendo sido agraciado em 1997 com a Ordem da Liberdade. Foi, durante oito anos, vereador da Cultura da Câmara de Cascais. É, desde Janeiro de 2011, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores. É co-autor, com José Fanha, de várias antologias de poesia portuguesa. Como escritor, tem publicado obras de diversos géneros literários: PoesiaMágoas Territoriais (1973), Cantos de Revolução (1975), Coração em Armas (1977), Navegador Solitário (1980), O Desencantador de Serpentes (1984), Cesário: Instantes da Fala (1989), Os Oficiantes da Luz (1991), O Fantasma da Obra (1993); FicçãoUma Noite Fez-se Abril (1999); Literatura InfantilHistórias do Arco-Íris (1981), O 25 de Abril Contado às Crianças... e aos Outros (1999); TeatroDas Tripas Coração (1981), Papão e o Sonho (1985) e A Noite de Anões (1999); de entre os ensaios destacam-se A Canção Política em Portugal (1978) e Os Amotinados do Vento (1993).
Sinopse
Um homem torna-se num sem-abrigo, renunciando a tudo o que em tempos o ligou a pessoas, a lugares, a objectos e a lembranças. Resta-lhe, como companhia, um cão Labrador de pêlo negro, que conseguiu salvar de um canil municipal onde estava prestes a ser abatido. As deambulações dos dois companheiros pelas ruas da cidade são também uma viagem afectiva pela geografia dos excluídos, dos que um dia de si mesmos se exilaram, por cansaço, amargura ou revolta, sem se libertarem da memória. Coração Sem Abrigo é uma história de solidão mas também de amor partilhado, contada na primeira pessoa por um homem sem idade e sem nome, que pode identificar-se com outros que a sociedade condenou à exclusão. Uma história que também fala da liberdade tantas vezes amarga de quem, não tendo tecto nem afecto, só presta contas à sua própria consciência. José Jorge Letria constrói uma narrativa de intensa humanidade e envolvente carga poética, que retrata a vida de um sem-abrigo e do seu companheiro de todas as horas, um cão chamado Lobito.
Opinião
Esta belíssima obra retrata de uma forma crua, mas muito realista, temáticas como a vida dos sem-abrigo, os traumas da guerra colonial, a vida nocturna na cidade de Lisboa (com todas as suas nuances), mas foca essencialmente a importância do amor, neste particular do amor de um indivíduo que materialmente nada possuiu, por um cão que resgatou do canil municipal. A vida de um sem abrigo (sem nome, sendo a intenção do autor não restringir a história a esta pessoa, alargando-a a um conjunto de pessoas na mesma condição), que por opção própria passou “para o outro lado da ponte”, deixando uma vida estável, para ter a liberdade que a vida na rua lhe dá; e do seu grande amor por um animal, o Lobito, um cão que se torna o seu principal companheiro e que o acompanha até ao fim dos seus dias. Através desta linha narrativa José Jorge Letria, mostra-nos a vida nas ruas da cidade de Lisboa, numa obra que me surpreendeu positivamente, pois sendo a minha primeira de prosa do autor, despertou-me o ensejo de voltar à sua obra proximamente.
4/5

domingo, 12 de junho de 2011

Nova Aquisição

Produto Interno Lírico

Autor: José Jorge Letria
Páginas: 56
Depósito Legal: B-1927-2011
Editora: Oficina do Livro

Autor
José Jorge Letria nasceu em Cascais em 1951. Estudou Direito e História e é pós-graduado em Jornalismo Internacional. Com dezenas de livros publicados em diversas áreas, foi distinguido com importantes prémios literários nacionais e internacionais. É um dos mais destacados nomes da literatura infanto-juvenil em Portugal e autor de programas de rádio e televisão. Está traduzido em várias línguas. Integrou, com José Afonso, Adriano e Manuel Freire, entre outros, o movimento da canção de resistência, tendo sido agraciado em 1997 com a Ordem da Liberdade. Foi, durante oito anos, vereador da Cultura da Câmara de Cascais. É, desde Janeiro de 2011, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores. É co-autor, com José Fanha, de várias antologias de poesia portuguesa. Como escritor, tem publicado obras de diversos géneros literários: PoesiaMágoas Territoriais (1973), Cantos de Revolução (1975), Coração em Armas (1977), Navegador Solitário (1980), O Desencantador de Serpentes (1984), Cesário: Instantes da Fala (1989), Os Oficiantes da Luz (1991), O Fantasma da Obra (1993); FicçãoUma Noite Fez-se Abril (1999); Literatura InfantilHistórias do Arco-Íris (1981), O 25 de Abril Contado às Crianças... e aos Outros (1999); TeatroDas Tripas Coração (1981), Papão e o Sonho (1985) e A Noite de Anões (1999); de entre os ensaios destacam-se A Canção Política em Portugal (1978) e Os Amotinados do Vento (1993).
 Sinopse
Este volume é um registo da poesia quer como produto final, quer como veículo da expressão do autor. Se o seu título é um trocadilho com a expressão económica de Produto Interno Bruto (PIB), no entanto, o seu significado não podia ser mais antagónico, pois o Produto Interno Lírico é a representação do mais íntimo de um indivíduo.
Opinião
Não sendo o meu género literário preferido, tenho feito um esforço para não descorar a sua leitura de tempos a tempos. Produto Interno Lírico é um conjunto de poemas sobre variados temas e conteúdos, desde as paisagens do Douro, a expressão íntima do poeta e raízes da sua terra. Destaco poemas como: “Aos Suicidas do Douro”, “A Minha Raiz da Terra”, “As Moedas na Terra” e principalmente o excelente poema “Os Filhos”, que relata a saída dos filhos da casa dos pais e a constituição de uma família sua, com um grande realismo.
3/5