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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Trança de Inês

Autor: Rosa Lobato de Faria
Páginas: 218
ISBN: 978-989-660-034-1
Editora: Leya

Autor
Rosa Lobato de Faria nasceu em Lisboa, em Abril de 1932 e faleceu em 2 de Fevereiro de 2010. Poeta e romancista, o essencial da sua poesia está reunido no volume Poemas Escolhidos e Diversos, de 1997. Em 1999, na ASA, publica A Gaveta de Baixo, um longo poema inédito acompanhado por aguarelas do pintor Oliveira Tavares. O seu primeiro romance, O Pranto de Lúcifer, veio a público em 1995. Seguiram-se-lhe Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camilla S. (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (1999, Prémio Máxima de Literatura em 2000), A Trança de Inês (2001), O Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal (2005), A Alma Trocada (2007), A Estrela de Gonçalo Eanes (2007) e As Esquinas do Tempo (2008). A Autora está traduzida em França e na Alemanha.
Sinopse
Baseado no mito de Pedro e Inês (mais na lenda do que na história), um romance sobre a intemporalidade da paixão, onde se abordam também alguns mistérios da existência.
“Assim as mulheres passam umas às outras a sua teia ancestral de seduções, subentendidos, receitas que hão-de prender os homens pela gula, a luxúria, a preguiça e todos os pecados capitais, é por isso que elas nunca querem santos, os que não se deixam tentar, os que resistem à mesa, à indolência, à cama, à feitiçaria dos temperos, ao sortilégio das carícias, à bruxaria das intrigas.”
Opinião
Baseado na lenda de Pedro e Inês, este livro poderia ser uma mera história sentimental, mas é muito mais que isso. Com uma escrita cuidada, Rosa Lobato de Faria constrói uma narrativa de amores e desamores (para ser mais preciso três histórias com os mesmos protagonistas em tempos e espaços diferentes) intensa, uma paixão jamais existente que ultrapassa tudo: o tempo, o estado, a condição física e moral. A autora aproveita igualmente para expor os preconceitos das sociedades onde se passam a acção, criticando a mesquinhez, a coscuvilhice e a desumanização das mesmas. Depois de ler esta obra e A Estrela de Gonçalo Eanes, posso afirmar que estamos perante uma excelente autora, à qual Portugal não deu/dá o devido valor e reconhecimento.
4/5

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